Chapecó: história, colonização e desenvolvimento
Localizado na região oeste do estado de Santa Catarina, no sul do Brasil, o município de Chapecó foi instituído em 25 de agosto de 1917 e conta atualmente com aproximadamente 254.781 habitantes (IBGE, 2022).
A região oeste catarinense é habitada há pelo menos 9.000 anos. Inicialmente, a grande Chapecó abrangia uma vasta extensão territorial, que incluía parte do Vale do Rio Uruguai, e foi palco da vivência de populações pré-coloniais, que se organizavam em diferentes grupos de caçadores-coletores e agricultores-ceramistas das tradições Guarani e Itararé Taquara. Posteriormente, a região também foi habitada por grupos Kaingang, assim como por populações caboclas. Esses grupos produziram uma variedade de artefatos utilitários e possuíam modos de vida singulares, os quais foram alterados após a chegada de colonizadores migrantes e imigrantes europeus, a partir do início do século XX.
A oficialização do município de Chapecó consolidou a região como parte integrante do estado de Santa Catarina, que até então era alvo de reivindicações por parte da Argentina e do Paraná. Com essa delimitação territorial, tornou-se necessária a ocupação da área, bem como o seu desenvolvimento político e econômico. O processo de colonização do oeste catarinense foi marcado pela atuação de empresas colonizadoras que, autorizadas pelo governo, assumiram a responsabilidade pela demarcação, venda e doação de terras a colonos, empresas e entidades religiosas. Um aspecto relevante desse empreendimento colonizatório relaciona-se à extração e comercialização de madeiras, que eram, em grande parte, transportadas pelas águas do Rio Uruguai por intermédio de balseiros.
A partir do processo de ocupação por colonos, especialmente oriundos do Rio Grande do Sul, a cidade foi se ampliando. Na segunda metade do século XX, Chapecó se firmou como um centro econômico agroindustrial, voltado para o abate e comercialização de carnes e derivados. Além disso, a cidade é reconhecida como um polo político, educacional e de saúde.